30 de jan. de 2009

FLOR DO SAMBA: HISTÓRICO

Alerquin no enredo de 1998

Um grupo de engraxates, pescadores e arrumadores de estiva reunidos num largo da rua da Estrela, em 1939, decidiram fundar um bloco para animar o carnaval de São Luís, que depois se transformaria em Escola de Samba. Com o nome de Flor do Samba, uma homenagem a Nêga Fulô, uma negra danada de acessa na punga, que andava pelas ruas do bairro do Desterro e Praia Grande. O bloco, tendo a frente a Nêga Fulô, saiu pelas ruas de São Luís fazendo sucesso, conquistando a partir daí o maior número de títulos do carnaval maranhense.
Com o advento das transmissões do carnaval carioca pela TV, no ano de 1973 e as inovações realizadas por Carioca, então seu carnavalesco, a Flor do Samba passa a adotar uma nova roupagem com enredo, alas, alegorias de mão e samba enredo, influenciando as outras escolas.
Em 1974, a GRES Flor do Samba a escola ganha seu primeiro campeonato na nova modalidade de concurso, possuindo atualmente a maior quantidade de títulos do carnaval maranhense.
Sua estética é marcada pelo luxo e brilho dos materiais utilizados nas fantasias, alegorias e adereços, como a seda, o cetim, o lamê, o paetê, a pluma, o acetato, o plástico colorido, a espuma, metalóide e brocal.
1974 – Primavera (campeã)
1975 – Os Bandeirantes (vice)
1976 – Aquarela do Brasil (campeã)
1977 – Os Cincos Bailes Imperiais (4º lugar)
1978 – O Mundo Encantado do Circo – (3º lugar)
1979 – Haja Deus (campeã)
1980 – Do Daomé a Casa das Minas (bicampeã)
1981 – Sua Majestade o Carnaval (vice)
1982 – O Touro Rei na Praia dos Lençóis (vice)
1983 – Axé, Xangó Axé (vice)
1984 – A Arte Que Vem do Povo (campeã)
1985 – O Domingo é Nosso (bicampeã)
1986 – Não desfilou
1987 – A Negra Maluca Que Enfeitiçou o Desterro (vice)
1988 – Em Terra de Poeta a Flor é Marrom (vice)
1989 – Nem Tudo que Reluz é Ouro (campeã)
1990 – O Arquiteto da Ilusão (bicampeã)
1991 – Parabéns para Você (3º lugar)
1992 – Horário Nobre (3º lugar)
1993 – Línguas de Fogo (3º lugar)
1994 – Josué Montello (vice)
1995 – Apolônia Pinto 1ª Dama do Teatro (campeã)
1996 – Não houve concurso
1997 – No Rabo de uma Estrela (bicampeã)
1998 – No Saçarico da Flor, a Glória do Tricolor (vice)
1999 – O Fofão quem diria acabou na Bahia (Não desfilou)
2000 – WWW.Flor Brasil500.Com.br (vice)
2001 – Os Sete Pecados da Capital (vice)
2002 – Saint Louis ou São Luís? Enfim uma Só Paris (vice)
2003 – Antonio dos outros Sermões Vieira (vice)
2004 – Pira Pirou Zé Piranha Voltou (3º lugar)
2005 – Caxias, a Terra de Gonçalves Dias (3º lugar)
2006 – De Daomé a Casas das Minas (vice)
2007 – Quem Canta seus Males Espanta (Não desfilou)
2008 – São Luís é tão Bela quanto a Flor (4º lugar)
2009 – Haja Deus! Um Canto À Capital Brasileira da Cultura (vice)
2010 – O Ouro Negro na Terra das Palmeiras: Refinaria Premium, um prêmio para o Maranhão (vice)
2011 – Missão Cumprida, hoje sou uma estrela: homenagem a Djalma Campos (3° lugar)
2012 - São Luís a Flor do Maranhão de Gilvan Mocidade, Zé Lopes, Tunai Moura, Óros do Pandeiro e Kaliton Gomes (vice)
2013 - Não houve concurso
2014 - Eu sou o néctar da Felicidade (vice)
2015 - Tambores, o astro iluminado (vice)
2016 - Laborarte, mais um laboratório de artes, uma paixão da cidade de Lucas Neto, Darlan Oliveira, Hakã Silva (campeã)
2017 - Do Carnaval ao Teatro; do Itaqui ao Bacanga, Grita minha Flor e dá voz ao anjo da esperança de Lucas Neto, Darlan Oliveira, Hakã Silva, Jeová Franca e Leozinho Nunes (4º lugar)
2018 - Hoje tem festança e cantoria: é a Flor em Balsas, no centenário da cidade querida (vice)
2019 - Viva essa energia (vice)
2000 - Tradição, Devoção e Alegria: a Flor canta as festas patrimônios culturais do Brasil de Alissom Ribeiro, Eulálio Figueiredo e Renato Magalhães (campeã)

Fonte: Programas de sambas enredo.

Aprecie o enredo deste ano. O mesmo faz 30 anos quando a Flor foi campeã no anel viário. A música é o hino da cultura maranhense. São Luís é a capital cultural maranhense e sediará o Ano da França no Brasil.

HAJA DEUS
(O HINO)

Compositor: Chico da Ladeira e Augusto Tampinha

Para o amigo Isaías Pereirinha

Haja Deus quanta beleza
A flor do samba vem mostrar
São festejos e motivos
Da cultura popular
Haja Deus...

O amo canta
Uma toada pro guarnicê
Matraca toca boi dançando até o amanhecer
Salve o divino ô salve o Divino, meu imperador
Ao som das caixas pedindo esmola e amor

Meu boi bumbá
Bumba meu boi
Meu cazumbá onde é que foi

O carnaval é a festa maior
Tem colombina ô tem dominó
No jogo do baralho
Quem se espanta é o fofão ôlálá
Chegou cruz-diabo coma lança na mão
Ô ô ô ô ô ô
O negro canta em dialeto
Lá na casa de nagô
Tambou rufou é mina, o terreiro empoeirou

Tambor de criola
Na avenida a tocar
E a negra velha
Sai dançando o pungá

A rabeca dá cadência ao contrapasso
Na baixada o lamento ecôou
São Gonçalo é festa religiosa
Pela-porco de Rosário
Foi a França que exportou

Cavala-canga
Curupira e Perêrê
É tarde eu já vou indo
Vou dançar o lê lê lê

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