20 de out. de 2011

Lenda do Homem que Vira Porco

Canteiro da cultura da soja no município de Balsas

Hoje início uma série sobre lendas e mitos que permeiam o imaginário do homem maranhense. Durante décadas a maioria das cidades do Maranhão não possuiam energia elétrica, favorecendo, assim, a população a se reunir em volta dos borralhos, nas portas das casas, nos terreiros iluminados pela lua ou por fogueiras a contar histórias sobre a cidade, pessoas, fatos e lendas.

Nas férias passadas no interior de Guimarães - Santanhinha, hoje povoado de Cedral - deleitei-me e morria de medo com as estórias contadas pelos primos, avós, tios, vizinhos e parentes. Não podemos esquecer as estórias da cavalacanga, de nhá jansen, contadas por colegas na calada da noite ou nos bancos do CEMA (Centro Educacional do Maranhão, sistema educacional via TVE) e do Centro Caixeiral.

Enfim, vamos a lenda do Homem que Vira Porco uma estória corrente em todo o Maranhão. Esta postada aconteceu ao lado da nossa casa, no bairro do São Francisco, na década de 1970.
Lenda do Homem que Vira Porco

Codó morava em uma casa de taipa, onde as paredes laterais possuiam muitos buracos que deixavam a mostra a luz do dia e da lua cheia.

Nosso vizinho tinha um cunhado de etnia negra, estatura muito forte, com mais ou menos 1,95 de altura. Um negro atrente e trabalhador.

Corria pelo bairro que nas madrugadas da sexta-feira, pelas ruas, saía um enorme porco negro a fucar e a assustar quem ele via pela frente. Ninguém conseguia precisar de onde era aquele porco. Nas casas da vizinhança  nunca fora visto um porco daquele tamanho. A estória e o medo se espalhava no outro dia e era comentário de adultos e crianças.
Codó, começou a matutar, haja visto, que seu cunhado nas ditas madrugadas de sexta-feira sumia de casa. Então resolveu ficar a espreita.  Dormia na época numa rede armada na cozinha. Deitou-se e adormeceu, pela madrugada foi despertado por um ronco e fucar de porco dentro da cozinha. Lentamente sem fazer barrulho, moveu-se até ficar de bruço com a cara no fundo da rede e ver um imenso porco a fuçar. Ao ver as  dimensões do porco, lembrou-se do seu cunhado. O porco saiu porta a dentro. A porta era feita de meansaba, muito comum nas casas de taipa, então nos bairros da periferia de São Luís. Pelos burracos da taipa pode ver o porco sair fucando e resolveu esperar. Muito depois, começa a ouvir o fuçar do porco, já adentrando o corredor que ficava entre sua casa e a nossa. Aprumou bem o olho para ter certeza se era mesmo quem pensava. Da rede, Codó vê no corredor aquele porco enorme se transformando, entre o medo, a admiração e o espanto, o porco era seu cunhado.

Voltou a adormecer e nunca comentou com ninguém da sua casa.

Conosco, amigos de infância pediu segredo.

Esta lenda é comum em algumas comunidades da ilha de São Luís (já ouvi relatos no povoado de Quebra-Pote, zona rural da ilha). Comenta-se, que nos dias de hoje há ainda  homens que na noite de sexta-feira transformam-se em grandes porcos a saírem a fuçar e a espantar as pessoas.

Diz o ditado, aquele que for corajoso pode dar uma paulada na traseira do porco, que no outro dia ao procurar nas casas da redondeza na certa vai encontrar um homem na cama ou andando com o traseiro doendo.
Fica o dito pelo não dito.



4 comentários:

  1. mentira, pelo que sei, e estudei, algumas coisas estão certas, pois o homem só vira porco na noite de sexta feira, ok, mas pelo que sei, quando se vira porco, a bunda vai para cabeça e logo a cabeça vai para bunda, ok, esses são os meus relatos, talvez vocês acreditem mais na história contada neste site, ninguem iria querer escutar um menino de 12 anos falando besteira, mais ai está, esta é a minha sabedoria sobre está lenda ok, espero que tenha ajudado, até mais
    Tchau.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pelo o q foi me contada esse homem de tanto virar porco um dia ficou metade homem e a outra metade porco e o levaram ao hospital e também disseram q era uma pessoa de condições e ate agora n descobriram quem é pois ser de condições a policia n deichou ver

      Excluir