4 de mar. de 2011

Joãozinho Trinta e o carnaval

“O povo gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual.”

“Carnaval é um momento de criação, não de reprodução.”

“... o desfile é uma ópera de rua. O régisseur é o carnavalesco. O maestro é o mestre da bateria. O enredo é o libreto. A bateria, a orquestra; enquanto os passistas, o Corpo de Baile. As alas são o coro e os destaques são as personagens principais da ópera. Os carros alegóricos são a cenografia.”

“Não mexi nas raízes do samba. Só arrumei vasos mais bonitos para elas.” 

“Quem conhece Escola de Samba sabe como é difícil fazer um negro se fantasiar de escravo. No carnaval, ele quer sair de Luís XV, de holandês, de rei.”

“... (o carnaval) é o momento da transmutação, quando o sambista deixa de ser anônimo, operário do metrô, biscateiro, empregada doméstica, passa a ser nobre, rainha, rei.”

“A alegria não é uma ilusão: é um recurso.”

“Só os contrastes causam impacto e são capazes de mostrar a realidade brasileira."

“... o segredo é transformar operários em reis, fazer flores com sucata cujo destino era o lixo. Meu luxo não é fruto de dinheiro; é da criatividade, da dinâmica da transformação.”

“Quem disse que crioulo tem que ser despojado? Crioulo já é despojado o ano inteiro. Tem que vir enfeitado, emplumado, lantejoulado, coroado.”

Joãozinho Trinta


Imagens:
1. Divulgação. Netuno. Fantasia de Luxo
2 e 3. Renato Pereira. Bloco Tradicional do Maranhão

3 comentários:

  1. Oi, Renatinho!
    Como você tá?
    E o Carnaval... Promete?
    Estou com saudades!
    Beijão!
    Dani

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  2. Dani,está começando mas já não é o mesmo!
    Já esteve melhor!

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