Hoje três poemas de Viviane Lopes. Foi minha aluna de teatro no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, no ano de 1994.
DIVINA ARTE
Vivianne Lopes Sousa
Quisera eu ter um
foguete na forma de um violão
sem combustível seria
doce e pura inspiração.
Para subir lá no etéreo
e compor um meigo canto
Para um mundo atribulado
Comporia um acalanto
Pegaria o Dó de Júpiter
e mais o Ré de Saturno
Pegaria o Mi de Vênus
em período noturno
Juntava ao Fá de Mercúrio
e também ao Sol de Marte
com Lá sustenido da Lua
faltavam apenas duas partes.
Com o SI do Sol e o da terra
Eis a rainha das artes...
... Poesia é bela arte,
mas, nem sempre é compreendida
Pintura, escultura é mais
para gente entendida.
Mas a música é a
maior das artes,
digo isso sem ter medo.
Pois até mesmo
um selvagem ao ouvi-la
bate os pés
ou bate os dedos.
Todas as artes existentes,
pelos nomes foram formadas,
mas, a música é divina
pois lá no céu foi criada.
FOME DE SE MOSTRAR
Vivianne Lopes Sousa
A fome de se mostrar.
Talvez venha se confundir.
Com, a sede pelo poder.
A digestão desse processo ou situação
Faz com que, inconscientemente,
ou ate conscientemente,
engulamos o direito do próximo.
De não querer se mostrar.
De não querer o poder.
Enfim acabamos sempre,
no mundo das contradições.
E pior: impondo o que achamos que seja melhor, ignorando muitas vezes até as obtenções.
AFETO
Vivianne Lopes Sousa
Ontem te trai
com tua ausência...
Nosso quarto estava
perfumado com teu cheiro
e amei por toda noite
tua ausência!
Ela usava teu perfume, teu batom,
veio como vens:
sorrateira, descalça, cabelos soltos, nua
entrou em nosso quarto fechou o livro
que eu lia, sussurrou ao meu
ouvido as palavras que são tuas
Apagou a luz e fez-se em mim:
Saudade.
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