10 de set. de 2010

OS AZULEJOS DO TEMPO


Ó PATRIMÔNIO Cultural do Mundo,
ó memória de pedra e anseio humano,
quanto custou o teu sonhar profundo,
num conluio de terra e oceano,
quantos mistérios, no teu chão fecundo,
nasceram do sagrado e do profano,
quanto foste primeiro sem segundo,
dentro do teu reinado soberano,
terra de cujo amor me fiz oriundo,
pela ternura de teu povo lhano,
com o qual já tantas vezes me confundo,
vendo que o coração não sofre dano,
e arranca-me benéfico do fundo
de cada sonho ou cada desengano.

José Chagas 

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