Gê Viana. Sobreposição da história, 2019/2020. Fotomontagem.
Maranhense de Santa Luzia, fotógrafa, artista
visual, atriz, multiartista. Vive e trabalha em São Luís do Maranhão.
Gê Viana, produz fotografias, fotomontagens, fotoperformances
e experimentos de intervenção urbana e rural a partir do uso da tecnologia,
imagens de arquivo da representação de povos indígenas antigos e negros
escravizados, da oralidade e do seu olhar ao entorno do cotidiano em que vive.
Seu processo criativo de sobreposição de imagens
de arquivo fotográfico e gráfico e as imagens que faz de indígenas e negros
contemporâneos, da colagens de objetos sobre imagens, da intervenção digital
sobre obras de artistas estrangeiros no Brasil do século XIX, a performatizacao
de mitos indígenas e temas do cotidiano atual, a criação de objetos retirados
do cotidiano do trabalho urbano e rural nós leva a perceber, olhar,
identificar, empoderar sobre os segmentos sociais marginalizados e
invisibilizados.
Sua obra marcada pela mãe natureza é visível ao
marcar o ventre dos retratados (Paridade, 2017) com imagens de frutos tropicais
protegidos e ofertados por mãos e braços. raízes, ervas, flores... Que gritam
vida em "Atualizações traumáticas de Debret, 2019".
Gê Viana. Faca de cortar arroz - memória de Seu João e Maria Viana. Escultura.
Caminhos de Muriá p/ Brocar a Terra, com
curadoria de Dinho Araújo, em exibição no Museu Histórico e Artístico do
Maranhão - MHAM, Galeria Floriano Teixeira, até quarta-feira (22.12.2021), é
uma mini retrospectiva da instigante pesquisa criativa de Gê Viana sobre o homem
brasileiro, colírio para os olhos, açúcar para manter o corpo, Muriá para
navegar, baladeira para quebrar estigmas...
Gê Viana. Retiro de Caça, 2019. Dimensões variáveis.
Gê Viana é a artista visual maranhense da sua geração com maior projeção no mercado de arte brasileira atual.Deguste-a de hoje a quarta-feira, das 14H às 17H.
Gê Viana. Atualizações traumáticas de Debret, 2019. Fotomontagem. Dimensões variáveis.
A exposição Caminhos de Muriá p/ Brocar a Terra, foi exibida no ano de 2021 no Museu Histórico e Artístico do Maranhão - MHAM, Galeria Floriano Teixeira. São Luís, Maranhão, Brasil.Gê Viana. Hora Grande, 2020 (detalhe). Instalação. Colagens analógicas, a partir do acervo fotográfico Julio Abe.
Texto originalmente publicado no período da exposição em @averequete.
Fotos: Renato Pereira.
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