PIPA ONLINE RECOMEÇA NO DOMINGO: CONHEÇA OS ARTISTAS QUE
ESTÃO CLASSIFICADOS PARA O SEGUNDO TURNO
Conheça
os artistas que já estão classificados para o segundo turno do PIPA Online
Agrippina R. Manhattan é
artista, pesquisadora e travesti. Nasceu e cresceu em São Gonçalo, hoje vive e
corre atrás de trabalho no Rio de Janeiro. Seu trabalho é parte de uma profunda
preocupação sobre tudo aquilo que restringe a liberdade. A palavra, a norma, a
hierarquia, o pensamento. Diz que sente que não é obrigada a nada e isso a realiza.
Escolheu seu nome e inventou a si mesma, como escolhe um título para um
trabalho ou encontrando a tradução do que sente em poesia. Pensando escultura
como poesia, poesia como escultura e tudo como um só e parte dela.
Bacharel em Artes Plásticas
na Universidade de Brasília. Concentra os estudos em pintura, gravura, desenho
e cinema; a colagem é o que guia o processo criativo, abordando temas como a
violência, o conflito, o cotidiano, o amor, questionamentos sobre gênero e
sexualidade e a força da família lgbtqi+. A música aparece nos trabalhos como
trilha de imagens metafóricas da ficção, as séries de pintura podem levar
nomes de filme, album de música, blog, meme de reality show de drag queen do
ceará, são pensados links entre o texto das composições e as imagens
apropriadas do mundo pop.
Às vezes o desafio não é
ocupar posições. Por exemplo, quando as que existem não servem, é
necessário criar algo novo. Denilson Baniwa é um artista indígena; é indígena
e é artista, e seu ser indígena lhe leva a inventar um outro jeito de
fazer arte, onde processos de imaginar e fazer são por força intervenções
em uma dinâmica histórica (a história da colonização dos territórios
indígenas que hoje conhecemos como Brasil) e interpelações a aqueles que o
encontram a abraçar suas responsabilidades.
Em sua prática de pintura e
intervenções, Luiz d’Orey examina a circulação da informação e seus sistemas no
contexto urbano e digital. Em 2016, d’Orey graduou-se bacharel em Belas Artes
pela School of Visual Arts, onde recebeu os prêmios 727 Award (2016), Sillas H
Rhodes Award (2016) e Gilbert Stone Scholarship (2015). D’Orey trabalhou como
assistente dos artistas Carlos Vergara (Rio de Janeiro) e Raul Mourão (Nova
York) durante os anos de 2013- 2017. Suas pinturas participaram de mostras
coletivas nos EUA, Europa e Brasil. Dentre suas exposições individuais recentes
destacam-se “Recent Ruins” na galeria Gitler & Gallery (Nova York,
2018), “Espaço Comum” na galeria Dotart (Belo Horizonte, 2018) e “Quase plano”
na galeria Mercedes Viegas (Rio de Janeiro, 2017), pela qual o artista é
representado. Em 2018, seu curta metragem ‘Tapume’, coproduzido por Hugo
Faraco, foi nomeado para o festival DOC NYC. Seu trabalho é parte da coleção do
Instituto PIPA, Brasil.
Originalmente pichadora do
subúrbio do Rio, Panmela Castro interessou-se pelo diálogo que seu corpo
feminino marginalizado estabelecia com a urbe, dedicando-se a construir
performances a partir de experiências pessoais, em busca de uma afetividade
recíproca com o outro de experiência similar. É Mestre em artes pela UERJ;
realizou projetos em mais de 15 países; teve seu trabalho exposto em
instituições como o Stedelijk Museum; e está em coleções como das Nações
Unidas. Recebeu inúmeras nomeações por seu ativismo pelos direitos humanos.
Frequentou a Escola de
Artes Visuais do Parque Lage, RJ. Desde 2011, participa de exposições em
instituições e galerias. Sua investigação se desenvolve a partir de algumas
referências, sejam fotografias esquematizadas pelo artista, escritos e
anotações acumulados, e a literatura, em especial, a fábula. Em seu trabalho,
propõe articular essas referências dentro do campo da pintura. E, a partir
disso, estabelecer um imaginário e um vocabulário próprios.
Criar um caminho na arte
hoje parte da ideia de denúncia, lançando mão das categorias estéticas. Penso
no legado deixado pelxs fotógrafxs que denunciaram em cliques o cotidiano das
grandes metrópoles, guetos e povos tradicionais. O meu trabalho se desenvolve
no ato de fotografar corpos que assume vários recortes com a fotomontagem,
retornando um segundo corpo e gerando lambe-lambe em experimentos de intervenção
urbana/rural. Venho na busca por uma expressão artística não-linear, lanço-me
sobre a pesquisa do corpo performático e dos corpos abjetos pela cultura
colonizadora hegemônica e seus sistemas de arte e comunicação , (corpos
marginalizados e invisibilizados) A partir de um processo em Santos com Lívia
Aquino, pesquisadora do campo das artes visuais, resolvi pesquisar a “imagem
precária” e os meios de apropriação das fotos históricas de fotojornalistas, já
que na maioria dos meus trabalhos ver-se o uso de outras camadas fotográficas.
Nascido no Rio de Janeiro em 1990,
Maxwell Alexandre formou-se em Design pela PUC-RJ no ano de 2016 tendo
participado, em 2009, do Curso de Fotografia para registros das Obras do PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento) nas favelas do Rio de Janeiro. A
poética urbana do artista passa pela construção de narrativas e cenas
estruturadas a partir de suas vivências cotidianas pela cidade e na Rocinha,
local onde reside e trabalha. Sobre diferentes suportes como lonas de piscinas
Capri, portas de madeira e esquadrias de ferro surgem personagens anônimos em
situações recorrentes na favela. São pinturas em grande formato nas quais os
corpos negros são apresentados de forma empoderada, mas também em momentos de
confronto com a polícia, retratando uma rotina comunitária radicalmente
contemporânea.
“Barbalho estudou filosofia
e começou sua carreira como escritor, tendo publicado contos, poesia e um
romance, e fundado a editora independente Edições Vira-Lata. Depois de viver o
que ele descreve como ‘uma crise em relação aos limites da linguagem escrita’,
o artista se entregou à linguagem pictórica como seu principal meio de
expressão. Ao trabalhar essencialmente com desenho, Barbalho produz composições
extremamente intricadas, porém não planejadas, nas quais uma multiplicidade de
imagens, símbolos e campos de cor se fundem umas nas outras para criar
superfícies vibrantes ininterruptas.”
por Kiki Mazzucchelli
por Kiki Mazzucchelli
Desenvolve sua prática
artística a partir de configurações poéticas entre o fantasmagórico e o real,
buscando dar conta do que denomina memórias subterrâneas e da
necropolítica como plano neocolonial. Tomando essas memórias
como assombrações, sua produção escultórica recente se materializa
numa fusão de pedras e gravuras.
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