16 de out. de 2011

Ubiratan Teixeira: biografia

Em homenagem aos oitenta anos  do escritor e jornalista Ubiratan Teixeira posto hoje uma pequena biografia sobre o mesmo.

Ubiratan Texeira nasceu em São Luís do Maranhão em 1931. É contista, cronista, novelista, romancista, pesquisador, diretor e autor de textos teatrais, crítico de arte, professor e jornalista.

Atualmente ocupa a cadeira nº 36 da Academia Maranhense de Letras.

É formado em Licenciatura em Letras pela Universidade Federal do Maranhão e Jornalismo pela PUC-SP.

O Humanista

Ubiratan Teixeira é um dos intelectuais maranhense mais ativo nos movimentos culturais e artísticos de São Luís, nas década de 1950 e 1960 participou da SCAM – Sociedade de Cultura Artística do Maranhão, do Centro Cultural Graça Aranha, fundou grupos de teatro e ministrou cursos de corpo, voz e história do teatro.

Como jornalista inicia sua carreira jornalística traduzindo telegramas no Jornal do Povo, em 1940, onde vem a exercer as funções de repórter e fotógrafo. Trabalhou em diversos jornais da cidade como a Pacotilha/Globo, Diário do Norte, Jornal do Dia de Bolso. Atualmente é cronista do jornal O Estado do Maranhão.


Foi funcionário da TV Educativa do Maranhão (1969-1995) onde exerceu as funções de professor de TV, diretor de programas e produtor de programas culturais.

Ubiratan Teixeira é um dos principais ficcionistas maranhenses da atualidade, cuja obra retrata a sociedade maranhense de forma irônica.

Obras Publicadas:
1970 – Pequeno Dicionário de Teatro. São Luís: Departamento de Cultura do Estado do Maranhão.

1975 – Sol dos Navegantes (contos). São Luís: FUNC.

1978 – Histórias de Amar e Morrer (contos). São Luís: SIOGE.

1979 – Vela ao Crucificado (novela). São Luís: SIOGE.

1980 – Caminho sem Tempo (farsa/tragédia/musical). São Luís: SECMA/SIOGE.

1987 – Bento e o Boi (teatro). São Luís: SIOGE.

1989 – O Banquete (novela). São Luís: SIOGE.

1989 – O Teatro que eu Vi e o Espetáculo que eu Fiz (ensaio). São Luís: Academia Maranhense de Letras.

1992 – Búli-búli (teatro infantil). São Luís: Academia Maranhense de letras.

1998 – Pessoas (conto). São Luís: FUNC.

1998 – A Ilha (novela). São Luís: FUNC.

2005 – Dicionário de Teatro (reedição). São Luís: GEA.

2009 – Labirinto (romance). São Luís: Editorial SECMA.

2010 – Vela ao Crucificado (reedição acrescida de roteiro para teatro de Wilson Martins e para cinema de Frederico Machado. São Luís: SECMA.

2010 – Diário de Campo (crônicas). São Luís: Ética Editora.

Tem as seguintes obras inéditas: O Bequimão (teatro), O Alçapão da Ilha (romance) e O Sônio (novela).

Ao longo da sua carreira recebeu os prêmios:

1976 – Prêmio Academia Maranhense de Letras pela novela O Sônho.

1978 – Prêmio Domingos Barbosa da Academia Maranhense de Letras pelos contos Histórias de Amar e de Morrer.

1979 – Prêmio Arthur Azevedo do Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís pela obra Caminho sem Tempo.

1997 – Prêmio Graça Aranha do XXIII Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís pela novela A Ilha.

2009 – Prêmio Gonçalves Dias do Plano Editorial da SECMA pelo romance Labirinto.

O Homem de Teatro

Sua experiência na cena teatral na cidade de São Luís, tem inicio ainda na adolescência no grupo Teatrinho dos Novos dirigido pelo pintor J. Figueiredo, onde estréia no espetáculo No Reino das Sombras de Kleber Fernandes, interpretando um velho ancião. O Teatrinho dos Novos durante três anos movimenta a vida teatral da cidade montando espetáculos adultos e infantis.

Com o fim do Teatrinho dos Novos, o velho Bira, passa por vários grupos teatrais da cidade como ator, contrarregra, ponto, entre outras atividades até ser convidado pelo médico e escritor João Mohana para participar do Teatro de Ação Católica da Arquidiocese de São Luís, onde assume a função de diretor da peça A Comédia do Coração do pernambucano E. de Paula Gonçalves, cuja qualidade técnica leva o ministro Paschoal Carlos Magno doar para Ubiratan uma bolsa de estudo em direção teatral na Itália, em 1954, onde estuda com Frederico Fellini no Instituto de Arte Dramática Pro Dei, em Roma, e, com Sílvio D’ Amico no Piccolo Teatro di Millano, em Milão. Na sua estad em Milão participa da montagem da peça Nostro Milano, dirigida por Giorgio Streller.

De volta à São Luís retoma seus trabalhos no Teatro de Ação Católica onde encena:

- O Processo de Jesus de Diego Fabri;

- A Via Sacra de Henri Ghéon;

- Sibita e o Dragão de Lúcia Benedetti;

- Os Inimigos não Mandam Flores de Pedro Bloch;

- A Revolta dos Brinquedos de Pernambuco de Oliveira.

Ao sair do Teatro de Ação Católica para continuar seus estudos de educação formal funda grupos pelos cursos onde passa e ministra aulas de história do teatro e de interpretação no Teatro Experimental do Maranhão.

Em 1995, após aposentadoria da TVE, junto com amigos funda a Associação Cultural e Beneficiente do Teatro Popular do Brasil que viabilizaria o grupo Ensaio Geral, produzindo as seguintes peças teatrais:

1996 – Natal na Praça de Henri Ghéon;

1997 – O Mistério da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo de Michel Ghelderode;

1998 – Lisístrata de Aristófanes;

1999 – A Capital Federal de Arthur Azevedo;

2003 – Natal na Praça Henri Ghéon (com atores da cidade de Colinas).

O grupo realizou ainda cursos e oficinas de corpo, voz e história do teatro e a leitura pública do texto de Oswald de Andrade “O Rei da Vela”.

Na década de 1980 o, também, escritor e homem de teatro Wilson Martins adapta e encena a novela Vela ao Crucificado de Ubiratan Teixeira  com os grupos Teatro Popular do Maranhão (1980) e Teatro Operário do Maranhão (1985), e,  em 2009 a mesma novela é adaptada pelo cineasta Frederico Machado para o cinema. 

Atualidade
Ubiratan Teixeira, além, de escrever diariamente no jornal O Estado do Maranhão, é sempre convidado para participar de comissões de júri de festivais de teatro e cinema, seleção de obras e artistas em salões, mostras e encontros de arte e seleção de obras literárias em São Luís e no estado do Maranhão.Fonte: leite, Aldo. Memória do Teatro Maranhense. São Luís: Edfunc, 2007.

E o velho Bira não para, entre os seus projetos está uma coletânea sobre a obra do dramaturgo, novelista e romancista Fernando Moreira e duas coletâneas sobre suas crônicas em jornais uma sobre teatro e uma sobre a vida cultural e política do estado.

Fonte: Leite, Aldo. Memória do Teatro Maranhense. São Luís: Edfunc, 2007.

Teixeira, Ubiratan. O Teatro que eu Vi e o Espetáculo que eu Fiz. São Luís: Academia Maranhense de Letras,1989.

Suplemento Literário e Cultural Jornal Pequeno Guesa Errante. Nº 110. São Luís, 2006.

Programa da peça Natal na Praça Henri Ghéon. 1995.

Imagens: Divulgação










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