Amanhã (01.06) o Teatro Arthur Azevedo completa 194 anos de glória. Como homenagem a essa data contaremos a história dessa casa de espetáculos que iluminou/ilumina e emocionou/emociona gerações que passaram pelo seu palco e platéia.
Conta os históriadores e o dito popular, que entre os anos de 1780 e 1817, existia na cidade três teatros que não ofereciam condições adequadas para apresentações teatrais, sendo criticados pelas companhias e pelo público.
Foyer (detalhe salão)
Foyer (detalhe teto)
Em 1815, dos ricos comerciantes portugueses Eleutério Lopes da Silva Varela e Estevão Gonçalves Braga, decidiram construir um teatro no estilo das casas de Ópera da Europa, com a finalidade de trazer espetáculos de qualidades encenados por grandes companhias.
A planta original previa uma fachada para a Rua da Paz e a principal para o Largo do Carmo. Porém, os frades carmelitas reagiram, alegando que a construção da casa de espetáculos ao lado da Igreja do Carmo afrontava os valores cristãos, e pediram o embargo da obra.
Em 1816, começa a ser construído com a fachada principal voltada para a Rua do Sol, sendo o primeiro prédio edificado no Brasil com arquitetura neoclássica.
Foi inaugurado no dia 1 de junho de 1817, como Teatro União, com capacidade para receber 800 pessoas, na época a cidade tinha uma população estimada em 20 mil habitantes. O período de apogeu do teatro se encerrou em 1848, quando se apresentaram companhias francesas, portuguesas, italianas e espanholas, que segundo o dito popular, essas companhias, primeiro se apresentavam em solo maranhense e depois excursionavam pelo resto do país.
Em 1852, o teatro passa-se a ser chamado de Teatro São Luís. Na noite de 26 de abril de 1854, acontece o primeiro baile de máscaras. Após quatorze anos da morte do teatrólogo maranhense Arthur Azevedo, em 1922, o espaço passou a se chamar Teatro Arthur Azevedo.
O teatro passou por vários momentos de crise. Entre os anos de 1940 a 1960, funcionou como cinema.
Detalhe da boca de cena
No governo José Sarney entra em reformas (recebe o lustre de cristal), sendo reinaugurado em 1969. com a peça “Abraão e Sara de João Mohana, encenada por artistas amadores de São Luís, dirigidos por Brás Chediak.Detalhe da boca de cena
Em 1989, fecha novamente para reformas, sendo reaberto em 1993, no governo de Edson Lobão, voltando a viver novo apogeu até a década de 1990.Entre os anos de 2002 a 2005, entra novamente em reforma, sendo reinaugurado na gestão de Nerine Lobão, em 2005, qunado volta a seu glamour até a nossa data.
Pequena Cia. de Teatro. Entre Laços.
Pedro Bloch, Armando Gonzaga, Paulo Magalhães, José Wanderley, Luiz Iglesias...
Modesto de Abreu, Ernani Fornari, Henriette Morineau, Tenensee Wilians, Jean Paul Sartre.
Passaram pelo palco de teatro nomes como: Apolônia Pinto, Lucilia Peres, Alda Garrido, Henriette Morineau, Paulo Autran, Tônia Carrero, Dercy Gonçalves...
Bidú Sayão, Glória Menezes, Tarcisio Meira, Neuza Amaral, Marília Pera, Procópio Ferreira, Bibi Ferreira, Francisco Couco, Montserrat Caballé...
Reynaldo Faray, Regina Telles, Aldo Lotufo, Nora Esteves, Márika Gidali, Décio Otero, Ismael Ivo, Jutilde Medeiros, Julia Emília, Miriam Marques, entre tantos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário