Máscara de Cazumbá. Técnica Mista. Acervo Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho (MA).
Com o mestre artesão Abel Teixeira, durante o aniversário da cidade, iniciaremos uma série de biografias sobre artistas plásticos maranhenses.
Abel Teixeira, natural do município de Viana, é o mestre das mágicas máscaras de cazumbás ou caretas.
Começa a brincar de cazumbá aos 19 anos de idade, na sua terra natal. Na turma de Mojeno Aires, no ano de 1960, passa a brincar com bata e máscara confeccionada por ele mesmo.
Começa a brincar de cazumbá aos 19 anos de idade, na sua terra natal. Na turma de Mojeno Aires, no ano de 1960, passa a brincar com bata e máscara confeccionada por ele mesmo.
Em 1978, passa a integrar o Boi de Apolônio Melônio ou Boi da Floresta, onde permanece até hoje, criando máscaras e batas para a brincadeira e para integrantes de outros bois no sotaque da Baixada. Com o Boi da Floresta já bailou em terreiros de vários estado do país e do exterior.
Confecciona máscaras de cazumbá no estilo tipo "focinho" ou "cabelereira", esculpindo o focinho na madeira imburana, acrescentando ao mesmo um chapéu de palha, complementado com pelego de carneiro, cerdas naturais de cavalo, além de outros materiais como tecido, metal, instalações elétricas com lâmpadas, imagens de santos católicos, entre outros materiais.
Executa, também, máscaras do tipo tecido com bordados e oríficios para olhos, nariz e boca. As máscaras podem ter formato de animais ou de mosntros.
Decora as batas em veludo (bordada) ou tecido (pintada) com figuras de santos e alegorias.
Na execução das suas obras, que dura entre 10 a 15 dias, utiliza enxó, faca, lixa, linha e agulha.
Na execução das suas obras, que dura entre 10 a 15 dias, utiliza enxó, faca, lixa, linha e agulha.
Por conta da originalidade das suas criações em 1999,/2000 expõe 44 máscaras de cazumbá no Museu de Folclore Edson Carneiro, no Rio de Janeiro, na exposição "Cazumbá: máscara e drama no boi do Maranhão".
Ministrou oficinas de confecção de máscaras de cazumbá em São Luís, Viana e no Rio de Janeiro.
Possui máscaras em acervos particulares, de instituições culturais e museus do Brasil e do exterior.
Recentemente, no mês de agosto, recebeu da Câmara Municipal de São Luís o título de cidadão de São Luís.
Sua vida e obra esta registada nas seguintes publicações e vídeo:
- Careta de Cazumbá de Maria Mazillo
- Memória de Velhos: depoimentos. Comissão Maranhense de Folclore. Vol. VII
- Mestre Abel - essa é a minha cultura. Vídeo. 2'mm
Fonte:LODY, Raul. Cazumbá: máscara e drama no boi do Maranhão. Rio de Janeiro: FUNARTE/CNFCP, 1999.
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